
A ansiedade vai crescendo enquanto não se vêem os frutos das variedades regionais de tomateiros, plantados no mês de maio.
Para preencher o vazio provocado pela falta do produto mais querido da regipomo, dedicamos os artigos do mês de junho ao "pomo de ouro".
DESIGNAÇÃO
O seu nome provém do termo tomatl (em nauatle, língua indígena mexicana), encontrando-se também referências a termos astecas como jitomatle, xitomate e xitotomate.
Trata-se de um fruto, uma vez que é produto da fecundação dos óvulos no interior do ovário da flor do tomateiro.
Popularmente, no entanto, não há consenso na sua classificação: devido ao modo como é utilizado na gastronomia, é usualmente considerado como legume.
A sua designação botânica é Solanum lycopersicum e pertence à família das Solanaceae (tal como a batata, a beringela e o pimento).
Existe uma outra designação, globalmente conhecida através da gastronomia,que provém das primeiras espécies exportadas da América: foram logo batizadas de pomodoro pelos italianos, pois eram amarelas, parecendo "maçãs douradas".

ORIGEM
A origem do cultivo e do consumo do tomate como alimento também não é consensual:
Há quem a atribua à civilização inca do antigo Peru, por ainda persistir, naquela região, uma grande variedade de tomates selvagens e algumas espécies domesticadas (de cor verde) conhecidas apenas ali. Esta “corrente” acredita que a variedade Lycopersicum cerasiforme (aparentemente ancestral da maioria das espécies comerciais atuais) tenha sido levada do Peru e introduzido pelos povos antigos na América Central, tendo sido encontrada no México.
Outros estudiosos acreditam que o tomate é originário da região do atual México, por um lado devido ao nome originário pertencer tipicamente à maioria das línguas locais, mas também porque o uso tomate não se encontra registado em cerâmicas, como era costume.